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O ano era 2012 e, pela primeira vez, a AIC se aventurava no mundo da educação à distância, em uma formação em arte e tecnologia no Programa Educativo do Museu das Telecomunicações, do Instituto Oi Futuro. Oito anos se passariam antes de nos embrenharmos por completo nesse universo, com a pandemia que levou nossas atividades ao modo 100% remoto.
Os desafios, como é de se imaginar, não foram poucos para quem curte a mão na massa e o olho-no-olho. Traduzir nossas metodologias para o modo virtual foi – e ainda é – um processo de aperfeiçoamento constante, de reinvenção e de compartilhamento de experiências, atravessado por questões como a desigualdade de acesso a recursos digitais e a ausência de espaços de sociabilidade. Perto de completar um ano de atividades à distância, acumulamos um bocado de aprendizados sobre como conduzir diálogos através das telinhas e contamos aqui alguns deles.
1. Não vai ser a mesma coisa – e tudo bem. Por mais que mobilizemos ferramentas que nos ajudam (e muito!) a mediar os encontros e adaptar nossos processos metodológicos, é certo que o virtual e o presencial ainda guardam distância um do outro. Vale, então, lançar mão de estratégias para tornar a experiência remota mais acolhedora – como, por exemplo, pedir para as e os participantes abrirem a câmera nas videochamadas ou, nos grupos de WhatsApp, incentivar apresentações em áudios curtos que tragam um pouco mais da personalidade de quem fala.
2. Vamos de ferramentas online? Canetinhas, cartolinas, post-its e fichas de papel colorido são um clássico dos fazeres coletivos da AIC. No mundo virtual, ferramentas como o Miro e o Jamboard fazem as vezes desses recursos para a sistematização visual de ideias, através da criação de mapas, diagramas e fluxos. Bom e velho companheiro, o Formulários Google também é dica por aqui, ideal para reunir respostas de um grupo.
3. Bora explorar o Zoom! Fazer uma reunião no Zoom tornou-se comum em tempos de isolamento social, mas a plataforma tem recursos por vezes inexplorados e bastante úteis. Uma delas é a divisão em salas simultâneas, bastante útil para dinâmicas coletivas e grupos de trabalho.
4. E no zap? Em meio ao fluxo incessante de mensagens e demandas no WhatsApp, vale ter uma atenção especial para os recados não se perderem nos grupos. Por isso, a sugestão é abordar um assunto por vez, usando mensagens curtas, destaques negritados, emojis e marcação de pessoas com @.
5. Tarefas bem pensadas e organizadas. Quando o assunto é trabalho remoto, planejar previamente a pauta de cada reunião e ter as informações bem registradas e sistematizadas é lei. Roteiros, planilhas e pastas compartilhadas são companhias de primeira hora. Outra boa pedida é o Trello, ferramenta que permite organizar conjuntamente as tarefas de um projeto.