“Eu conheci a poesia no projeto da Rua 12.”  

“O projeto”. É assim que muitas pessoas com quem a gente trabalha todos os dias aqui na AIC falam de um espaço de referência para sua transformação.  

“O projeto”, são, na verdade, muitos projetos, e trazem avanços coletivos e individuais, mudando a vida de cada pessoa e de todos nós. É por causa deles, dos projetos, que somos quem somos. 

Essa galera, que está à frente das mais diversas iniciativas, desde as mais estruturadas até aqueles coletivos que estão começando agora, participa da construção dos nossos saberes e fazeres desde a criação da TV Sala de Espera, em 1993, quando a AIC começou as suas atividades.  

Em 2006, essa parceria ganhou um nome: a ACS – Agência de Comunicação Solidária, que, durante 16 anos, inventou muita moda pelo Brasil afora, fazendo junto.  Juntar, é e foi, por todos esses anos, a especialidade da casa. A gente junta designer com criança desenhista e senhora bordadeira. Tiramos o planejar a comunicação do pedestal e fazemos, juntas e juntos, estratégias de comunicar e de falar das causas que nos movem. 

Junto com vários parceiros e com uma equipe corajosa, que nunca entra sem pedir licença, tornamos possível que muitas iniciativas que atuam pela cidadania tivessem o direito a um espaço para pensar e fazer sua comunicação. Aqui, a gente está falando do direito a ter uma comunicação visual representativa para chamar de sua, de parar para elaborar planos de comunicação, de materiais, ferramentas, formações e encontros dedicados ao fortalecimento desses coletivos e das pessoas que deles fazem parte. E tudo feito, modéstia à parte, com muita dedicação, com muita paixão, e tudo muito, muito bonito. 

No ano de 2020, com o início de uma pandemia que foi devastadora em diversos sentidos, fomos obrigados a nos juntar de novo. Só que, dessa vez, com muito mais gente, com a união que o momento pedia.  Juntamos uma rede de mais de 100 iniciativas que passaram a atuar no combate ao vírus e suas consequências para as populações mais vulneráveis, e assim nasceu o Periferia Viva. A força-tarefa, construída a tantas mãos que nem deu para contar, lutou pela proteção da vida onde ela estava sendo mais ameaçada, através da mobilização de recursos e saberes. 

Estamos dizendo isso tudo para dizer que mudamos. A experiência do Periferia Viva foi arrebatadora demais para continuarmos do mesmo ponto. E mudamos também o tempo todo, porque o nosso jeito de fazer e pensar é construído junto com os projetos, ONGs, iniciativas e lideranças comunitárias, ou como você preferir chamar essa junção de gente que se une para lutar pelos direitos de todo mundo.  A soma dessas experiências, aprendizados e encontros faz parte da construção do que nós, e vocês, chamam de “um jeito AIC de fazer”, e que está presente em todos os nossos projetos e ações. 

Em 2022, trazendo na mochila o que estamos aprendendo desde quando esperávamos numa sala de posto de saúde do bairro Ribeiro de Abreu, lá na TV Sala de Espera, precisamos entender que o que fazemos hoje é muito mais do se faz em uma agência de comunicação.  

Somos, por essência, um lugar de experimentação. Um banco na praça onde podemos parar para conversar e construir futuros possíveis. Somos um lugar de criação e de desenvolvimento de tecnologias sociais. 

Fazemos isso junto com organizações da sociedade civil, promovendo atendimentos e formações em Comunicação e Desenvolvimento Institucional e articulando redes. Somos aquele amigo para quem você liga para perguntar “você conhece algum projeto que…”, e, antes de terminar a frase, o número já está na mão.  

A esse espaço institucional de criar junto e fortalecer “o projeto”, damos o nome de AIC Lab. Um Laboratório que, de alguma forma, também é lugar de conhecer nossa poesia.

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aiclab@projetos.aic.org.br
(31) 3217-7600 

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