O fazer cultural e a promoção da cidadania andam de mãos dadas. E não só porque a cultura é um direito reconhecido constitucionalmente, mas também porque ambos se constroem através do trabalho coletivo em rede. Na AIC, atuamos nessa encruzilhada entre cultura, cidadania e trabalho em rede através de ações diversas. Uma delas é a formação e fortalecimento de agentes culturais, seja através do apoio à sua atuação ou da capacitação de jovens na área. 

Mas vamos voltar duas casas e começar pelo princípio: quem são os tais agentes culturais? 

O QUE É UM AGENTE CULTURAL?

Apesar do termo parecer distante, você provavelmente não precisa ir muito longe para se lembrar de um agente cultural que conhece. O termo designa pessoas que atuam na promoção da cultura, facilitando suas práticas e ações e mediando o diálogo entre os públicos envolvidos, como a comunidade e o poder público. Artistas, profissionais que atuam nos bastidores da cultura, integrantes de grupos tradicionais e outros sujeitos ligados ao setor cultural podem estar sob esse guarda-chuva. 

Os agentes culturais têm papel fundamental para fomentar e manter a cultura viva, em constante interlocução com a sociedade. No entanto, essas pessoas muitas vezes carecem de oportunidades formativas e de suporte para seus fazeres. Abaixo, contaremos sobre alguns dos caminhos que construímos para potencializar a atuação de agentes da cultura. 

APOIO A AGENTES CULTURAIS

O trabalho de agentes culturais na salvaguarda e fortalecimento de patrimônios culturais envolve múltiplas dimensões – dentre elas, a comunicação, fundamental para a produção sociocultural. Pensando em apoiar esse público na execução de demandas relacionadas à área – tais como criação de identidades visuais e peças gráficas, planejamentos em comunicação, entre outras –, promovemos condições de acesso e manejo da produção comunicacional por meio de assessorias técnicas e formações diversas voltadas a esse público. É o caso de ações realizadas pelo AIC Lab e pelo Conexão Comunidade, por exemplo. 

Mas o apoio à atuação de agentes culturais não se resume à comunicação. Outra área em que é preciso prover capacitação e atendimento é a mobilização de recursos. Afinal, a existência de iniciativas culturais depende da ação permanente de captar recursos financeiros e articular parcerias, permutas e colaborações. Isso aponta para a necessidade de desenvolver estratégias de atuação e um trabalho continuado de identificação de oportunidades. Isso sem falar na elaboração e submissão de projetos a editais, que merece todo um aprendizado à parte. 

Na AIC, o apoio a agentes culturais na mobilização de recursos se dá em diferentes frentes. Em 2022, um desses espaços é a formação Fortalecer Nós, da Rede de Patrimônio Criativo e Colaborativo, em que agentes comunitários ligados a grupos culturais desenvolvem habilidades voltadas à escrita de projetos, de modo a gerar perspectivas de sustentabilidade para as iniciativas das quais participam. A mesma perspectiva é adotada pela Plataforma Integrar, realizada pela Kinross e desenvolvida por nós, cuja frente de apoio a grupos culturais representou, especialmente durante a pandemia, o acesso a uma importante fonte de recursos – os editais. 

FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS JUVENIS

Juventude e cultura são palavras que facilmente podem ser colocadas lado a lado. A sociabilidade juvenil é marcada pela forte presença de manifestações culturais e de grupos culturais juvenis, que exercem um importante papel na formação cidadã e na construção e valorização identitária desses sujeitos, em nível tanto individual quanto coletivo. 

Pela potência que a cultura tem entre esse público, compreendemos os jovens não apenas enquanto consumidores, mas também como mobilizadores e produtores culturais. A fim de fortalecer, valorizar e ampliar as oportunidades de atuação nesse campo, trabalhamos com a formação de agentes culturais juvenis, passeando por conceitos como cultura, identidade, memória e patrimônio e promovendo ações ligadas à mobilização cultural e à comunicação.  

Nos municípios de Paracatu, Igarapé e Itatiaiuçu, em Minas Gerais, essa atuação vem ganhando forma através da Rede de Cultura e Protagonismo Juvenil. A ideia é que, ao longo do percurso formativo, os jovens participantes se tornem agentes difusores e multiplicadores das memórias e práticas culturais cotidianas de seus territórios, além de criarem representações sobre as culturas locais. 

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