A valorização do patrimônio cultural imaterial é o propósito que move a Rede de Patrimônio Criativo e Colaborativo, projeto que, entre 2022 e 2023, desenvolveu ações na Serra do Caraça, no Vale do Jequitinhonha, na região metropolitana de Belo Horizonte, no Vale do Aço e na Baixada Santista. O projeto é organizado em duas frentes: a de Educação Patrimonial e Educomunicação e a frente Fortalecer Nós, apresentadas a seguir.

Frente de Educação Patrimonial e Educomunicação

Nos municípios de Barão de Cocais, Catas Altas, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Pedra Azul, Araçuaí, Itinga e Rubim, no interior de Minas, o projeto buscou fomentar o conhecimento e interesse de 120 jovens de 15 a 29 anos pelas manifestações culturais locais, e, ao mesmo tempo, contribuir com o mapeamento e registro da memória e com a difusão do patrimônio das localidades.

Para isso, foi oferecida uma formação gratuita que passa pelos conceitos de cultura e identidade cultural, pelo (re)conhecimento sobre a importância e riqueza do patrimônio imaterial e pela experimentação de produção em Tecnologias da Comunicação. Audiovisual, artes gráficas, fotografia, rádio e produção de conteúdo foram as linguagens abordadas no percurso formativo, que teve duração de três meses em cada cidade. O patrocínio foi do Instituto Cultural Vale, por meio de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Frente Fortalecer Nós: descomplicando editais e projetos culturais

Nesta frente de ação da Rede de Patrimônio Criativo e Colaborativo, os municípios de Cubatão (SP), Igarapé, Itaúna e Ipatinga (MG) receberam uma formação voltada a agentes culturais comunitários. A ideia é que os participantes atuassem como protagonistas de ações de diagnóstico e difusão do patrimônio cultural e desenvolvessem habilidades voltadas à mobilização de recursos e elaboração de projetos. Com isso, o projeto buscou fortalecer e gerar perspectivas de sustentabilidade para 21 grupos e entidades culturais locais.

As atividades presenciais e à distância contemplaram sensibilização e levantamento de narrativas sobre o patrimônio das localidades, apresentação de estratégias de sustentabilidade e elaboração de projetos para submissão a editais.

A formação Fortalecer Nós contou com patrocínio da Usiminas, nos municípios de Cubatão e Ipatinga, e da Mineração Usiminas, em Igarapé e Itaúna, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apoio do Instituto Usiminas.

Público

Por meio da Frente de Educação Patrimonial e Educomunicação, o projeto atendeu diretamente 120 jovens de 15 a 29 anos e alcança indiretamente cerca de 800 pessoas moradoras das localidades. Já na Frente Fortalecer Nós, foram contemplados 86 agentes culturais de 21 grupos ou entidades culturais.

Ações realizadas

Confira a seguir as principais ações empreendidas.

Processos formativos

São oferecidas formações em formato híbrido, tanto para os jovens participantes quanto para os agentes culturais. Os processos formativos mesclam dinâmicas corporais e em grupo, atividades criativas, de sensibilização, entre outras, articuladas aos conteúdos teóricos e propostas de exercícios e desafios.

Produtos comunicacionais

As oficinas de produção em linguagens da comunicação resultam em produtos radiofônicos, audiovisuais e cartilha com registros do patrimônio imaterial local, disponibilizados em plataforma do projeto.

Eventos finais

Em cada uma das oito cidades da Serra do Caraça e do Vale do Jequitinhonha, as turmas produzem um evento de encerramento em espaço aberto e público, para exibição gratuita dos produtos das oficinas e apresentações de grupos da cultura local mapeados no projeto.

Tutoria para a escrita de projetos

Os grupos culturais atendidos recebem tutoria da equipe para elaborar e aperfeiçoar um projeto, que ao final do percurso é submetido a um edital com vistas à sustentabilidade da iniciativa.