São muitos os motivos que levam as pessoas a empreender: necessidade de ampliar a renda, desejo de inovar, propósito social… O fato é que esses empreendimentos desempenham importante papel no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento de diferentes segmentos sociais. Estimular o pequeno, por meio da economia solidária, faz girar a economia local, diminui os impactos ambientais, ao diminuir os deslocamentos, e valoriza os saberes e fazeres locais. 

Por isso, nossa atuação no relacionamento com comunidades inclui ações voltadas para a geração de renda. Conheça algumas das formas como fazemos isso!  

Fortalecimento de pequenos negócios 

Realização de feiras e eventos com pequenos negócios locais, formação e fortalecimento de redes de comércio solidário e sensibilização para o consumo consciente fazem parte do nosso cardápio de ações voltadas para geração de renda. 

A experiência do Cidadania Criativa no Morro das Pedras é um dos exemplos. A partir de um diagnóstico colaborativo, a turma de jovens propôs uma agenda de atrações na comunidade – o #CriaFestival.  A valorização de empreendimentos locais atravessou a programação. No Rango de Quebrada, moradoras e moradores venderam quitutes e produtos enquanto acontecia uma roda de samba. Já a Favela Fashion Week envolveu e gerou renda para lojas de vestuário e brechós locais. 

Em Paracatu, o consumo consciente e sustentável foi o foco da campanha Moro Aqui, Compro Aqui, parte do Programa Integrar. A ação produziu materiais informativos sobre o tema e convidou frequentadores das feiras Firmina e Santana para estampar ecobags com o mote da campanha. Os resultados foram positivos. Por um lado, comerciantes sentiram seu trabalho visibilizado e valorizado; por outro, consumidores perceberam o caráter político de suas escolhas. 

Em 2021, a economia solidária também foi nossa aposta no Exposibram Social, braço social do tradicional evento do setor mineral brasileiro. Um e-commerce vendeu kits compostos por produtos de 15 projetos de geração de trabalho e renda em territórios de mineração. Todo o lucro da venda foi revertido aos artesãos, pequenos produtores e comerciantes envolvidos. Além da venda, a loja também divulgou outras iniciativas sociais que comercializam online. 

Formações em empreendedorismo 

Impulsionar a economia solidária também significa promover a capacitação de quem empreende. Temas como formalização da iniciativa, planos de negócios, precificação, controle financeiro e pesquisa de mercado devem estar na mira dessas pessoas. Afinal, empreender está longe de ser um caminho fácil a se trilhar e demanda conhecimento, disciplina, foco e organização. 

Foi pensando nisso que o AIC Lab se juntou a sete grupos sociais e culturais que atuam junto a mulheres na Grande BH, a fim de elaborar a terceira cartilha da coleção Viva, Mulher!. A produção, parte do escopo de ações do Periferia Viva Mulher, propõe uma conversa sobre empreendedorismo e direitos trabalhistas em linguagem acessível. 

Viva, Mulher! – Vol. 3

A vontade de inovar também inspirou o Raízes da Gente a oferecer, em 2022, um minicurso de empreendedorismo. A iniciativa, que atendeu tanto negócios já existentes quanto em fase de idealização, apresentou um passo a passo de como montar um plano de negócio. Contou, ainda, com mentorias de apoio para a escrita de projetos, em parceria com o Olho no Olho. 

Apoio em comunicação estratégica 

Como em diversas áreas, a comunicação é dimensão central de iniciativas ligadas à economia solidária. Nesse sentido, iniciativas desenvolvidas pela AIC, como o Conexão Comunidade, o AIC Lab e a Plataforma Integrar vêm oferecendo atendimentos gratuitos em comunicação para pequenos empreendimentos. O carro chefe? A criação de identidades visuais, essencial para que as marcas coloquem o bloco na rua e sejam reconhecidas. 

São priorizadas iniciativas que muitas vezes não têm acesso a outros recursos para investir em seu desenvolvimento institucional ou garantir sua sustentabilidade. É o caso de empreendimentos periféricos ou rurais, de comunidades tradicionais, chefiados por mulheres e pessoas negras, entre outros.  

O Bai Onça é um dos exemplos. A iniciativa do Comupra – Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu comercializa produtos caseiros, artesanais e agroecológicos de moradoras e moradores da região do Baixo Onça. A venda contribui para a causa Deixem o Onça Beber Água Limpa, voltada à requalificação socioeconômica e ambiental do território. Em 2019, o Bai Onça ganhou uma marca para chamar de sua, construída colaborativamente junto à AIC. Hoje, ela estampa ecobags e materiais gráficos. 

identidade visual bai onça

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